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JENIFFER YARA
Licenciada em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (2017) e Mestre em Letras - Estudos Literários pelo Programa de Pós-graduação em Letras - UFPA (2020).
Desenvolve pesquisas na área da História do Livro e da Leitura sobre a presença da crítica ao romance em jornais religiosos/doutrinários, iniciada durante a graduação, em que participou na Iniciação Científica como bolsista CNPq (2014, 2017). Tais pesquisas proporcionaram a participação em eventos, apresentações de trabalhos e publicações em anais e revistas científicas. Também atuou em diferentes organizações de eventos na universidade. Atuou como Revisora de Texto no Colégio Equipe (2017,2018), realizando atividades de ensino e aprendizagem na área de Redação e Língua Portuguesa, iniciando ofício na correção de textos para o ENEM.
Foi bolsista CAPES (2018,2020), desenvolvendo o projeto de pesquisa A polêmica da leitura de romances: prescrições e preceitos religiosos na Belém do século XIX, e integra o Grupo de Estudos em História Literária (GEHIL), coordenado pela profa. Dra. Germana Maria Araújo Sales. Possui experiência na área de Letras, com ênfase em História do Livro e da Leitura, História da Literatura e prosa de ficção oitocentista.
Biografia: https://www.jenifferyara.com/curriculo
VII ANUÁRIO DA POESIA PARAENSE. Airton Souza organizador. Belém: Arca Editora, 2021. 221 p. ISBN 978-65-990875-5-4
Ex. Antonio Miranda
Povaréu imundo
Na cegueira imposta pelos tempos cruéis
ponho-me a refletir
de que se trata todas essas cores novas?
de onde vêm e pra onde vão todos esses corpos?
o túnel obscuro parece não ter fim
a vida se esvai entre os dedos
e o tempo se esgueira entre os deadlines ruins
corpos, nomes, números
histórias, medos, lembranças
retratos, brinquedos, memórias
assim como esses versos,
nada que faça muito sentido,
que seja permanente
ou belo
um lixo humano no poder
ratos e porcos fazem a festa para ascender
na crueldade e na miséria
até que o liberalismo os separe
e o preto
o pobre
o gay
e a mãe
a trans
a lésbica
sobrevivem na truculência dos cassetetes
das migalhas de pães dormidos
e das gorjetas de trabalhos malfadados
disseram que haveria democracia
mas não há sequer um vislumbre de novo
a não ser pelo poder de um povo
saído da cegueira racional
levantando a bandeira
de foice e martelo
para um mundo novo
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Página publicada em março de 2022
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